Do livro de estréia de Gregorio Duvivier,
“A PARTIR DE amanhã EU JURO QUE a vida vai ser AGORA”
o poema: O meio de todas as coisas
o meio de todas as coisas
entre o fim do começo e o começo
do fim toda coisa tem uma massa
inerte feito ponte pela qual
passamos distraídos - ou não:
os astecas sentiam chegar o exato
momento do meio da vida - o meio
do meio da vida, o momento em que
o que já vivemos é exatamente
igual ao que ainda não vivemos
-- e nesse momento preciso o mais
comum dos astecas sentia uma súbita
e inexplicável vontade de tomar um trem
mas como ainda não o tinham inventado
ele acabava por entristecer-se.
(daí a tristeza, essa vontade de algo
que ainda não inventaram)
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E uma explicadinha:
Em respeito ao autor tentei manter a composição
gráfica das linhas e tamanho de tipo.
Não sei como se comportará a página do blogger
quando a publicar.
Agradeço pelo livro e o abraço na dedicatória.
Sucesso e muito socego no seu bairro da Gávea,
SC
XXXXXXXXXXX 27 NOVEMBRO 2010 XXXXXXXXXXX
3 comentários:
Que honra estar no seu blog! Obrigado pela citação. Um abraço do visitante
Gregorio
Estava vendo os posts mais antigos, e gostei especialmente dos desenhos em 10 segundos. Lindo!
Parabéns ao seu amigo Gregório. Tenho uma amiga Duvivier, faz tempo que não a vejo. Mora ao lado do Copa e é super gente boa.
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