27 de nov. de 2010

“o meio de todas as coisas”

Do livro de estréia de Gregorio Duvivier,

“A PARTIR DE amanhã EU JURO QUE a vida vai ser AGORA

o poema:  O meio de todas as coisas

 

o meio de todas as coisas

entre o fim do começo e o começo

do fim toda coisa tem uma massa

inerte feito ponte pela qual

passamos distraídos - ou não:

os astecas sentiam chegar o exato

momento do meio da vida - o meio

do meio da vida, o momento em que

o que já vivemos é exatamente

igual ao que ainda não vivemos

-- e nesse momento preciso o mais

comum dos astecas sentia uma súbita

e inexplicável vontade de tomar um trem

mas como ainda não o tinham inventado

ele acabava por entristecer-se.

(daí a tristeza, essa vontade de algo

que ainda não inventaram)

 

*************************************

E uma explicadinha:

Em respeito ao autor tentei manter a composição

gráfica das linhas e tamanho de tipo.

Não sei como se comportará a página do blogger

quando a publicar.

Agradeço pelo livro e o abraço na dedicatória.

Sucesso e muito socego no seu bairro da Gávea,

SC

 

XXXXXXXXXXX  27 NOVEMBRO 2010  XXXXXXXXXXX

3 comentários:

gduvivier disse...

Que honra estar no seu blog! Obrigado pela citação. Um abraço do visitante
Gregorio

gduvivier disse...

Estava vendo os posts mais antigos, e gostei especialmente dos desenhos em 10 segundos. Lindo!

Helô Lima disse...

Parabéns ao seu amigo Gregório. Tenho uma amiga Duvivier, faz tempo que não a vejo. Mora ao lado do Copa e é super gente boa.

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SILVA COSTA - Pintor, nascido em São Paulo, Brasil, em 1927. Morou e estudou no Rio de Janeiro até 1949 quando viajou para os EEUU. Estudou desenho e pintura no Institute of Mechanics and Tradesmen em Nova Iorque, mudando-se em 1950 para a California, Carmel-by-The-Sea onde trabalhou e estudou desenho e pintura. Trabalhou na Army Language School na vizinha cidade de Monterey e estudou técnicas do retrato com Warshowski. Em 1955 viajou para a Europa onde estudou, na Academie de La Grande Chaumiere, em Paris por alguns meses.