As coisas mudam com também o significado das
palavras..
Os moradores de Copacabana, isso há 70 anos
passados, iam à praia de manhã bem cedinho e
lá encontravam os pescadores pescando usando
um arrastão.
Só que era para pegar peixes e vender.
Suas grandes canoas, sem motores ou velas,
saiam no amanhecer do Posto VI e iam, no remo,
até onde aparentava haver peixe.
O arrastão era composto de uma longa
rede em forma de U com suas extremidades
terminadas duas em cordas.
A canoa se aproximava da praia e lançava uma
corda. Em seguida saia, mar a fora, a distância
necessária para lançar a rede e terminava uns
100 metros adiante em outra corda.
Sempre era possível encontrar jovens e até alguns
doutores, banhistas naquele local, ajudando a recolher
a rede e assistir a chegada do bojo da rede cheia de
peixes.
Acontece que naquele tempo havia peixes no mar e
tatuís e sarnambis na areia molhada.
Isso era o arrastão de então. E mais ...
Outros barcos semelhantes, do Serviço de Salvamento
da Prefeitura, também com base no Posto VI junto
ao paredão do Forte Copacabana, saiam no romper
do dia e se postavam, ancorados, uns 300 metros
distantes da praia em frente aos seis Postos de
Salvamento que existiam ao longo da Avenida Atlântica.
Lá ficavam dois "banhistas", como eram chamados
esses guarda-vidas, para socorrer o cidadão mais
afoito que, nadando alêm da arrebentação das ondas,
perdia o fôlego ou perigava se afogar.
Ali ficavam, ao sol, desde cedo quando chegavam
(no remo) até +ou- as 3 da tarde quando remavam de
volta para o Posto VI.
Nos dias chuvosos não havia banhistas e, se não me
engano, nem barcos dos salva-vidas que a garotada
conhecia cada um pelo nome.
O China era o mais conhecido e durão na disciplina.
XXXXXXXXX 1 NOV 2010 XXXXXXXXXX
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