1 de nov. de 2010

O ARRASTÃO .. . .





As coisas mudam com também o significado das 
palavras..

Os moradores de Copacabana, isso há 70 anos
passados, iam à praia de manhã bem cedinho e
lá encontravam os pescadores pescando usando 
um arrastão.

Só que era para pegar peixes e vender.

Suas grandes canoas, sem motores ou velas, 
saiam no amanhecer do Posto VI e iam, no remo, 
até onde aparentava haver peixe.

O arrastão era composto de uma longa
rede em forma de U com suas extremidades
terminadas duas em cordas.

A canoa se aproximava da praia e lançava uma 
corda. Em seguida saia, mar a fora, a distância 
necessária para lançar a rede e terminava uns 
100 metros adiante em outra corda.

Sempre era possível encontrar jovens e até alguns 
doutores, banhistas naquele local, ajudando a recolher 
a rede e assistir a chegada do bojo da rede cheia de 
peixes.

Acontece que naquele tempo havia peixes no mar e 
tatuís e sarnambis na areia molhada.

Isso era o arrastão de então.  E mais ...

Outros barcos semelhantes, do Serviço de Salvamento 
da Prefeitura, também com base no Posto VI junto 
ao paredão do Forte Copacabana, saiam no romper 
do dia e se postavam, ancorados, uns 300 metros 
distantes da praia em frente aos seis Postos de  
Salvamento que existiam ao longo da Avenida Atlântica.

Lá ficavam dois "banhistas", como eram chamados 
esses guarda-vidas, para socorrer o cidadão mais 
afoito que, nadando alêm da arrebentação das ondas,
perdia o fôlego ou perigava se afogar.

Ali ficavam, ao sol, desde cedo quando chegavam 
(no remo) até +ou- as 3 da tarde quando remavam de 
volta para o Posto VI.
Nos dias chuvosos não havia banhistas e, se não me 
engano, nem barcos dos salva-vidas que a garotada 
conhecia cada um pelo nome.
O China era o mais conhecido e durão na disciplina.

XXXXXXXXX  1 NOV  2010  XXXXXXXXXX

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SILVA COSTA - Pintor, nascido em São Paulo, Brasil, em 1927. Morou e estudou no Rio de Janeiro até 1949 quando viajou para os EEUU. Estudou desenho e pintura no Institute of Mechanics and Tradesmen em Nova Iorque, mudando-se em 1950 para a California, Carmel-by-The-Sea onde trabalhou e estudou desenho e pintura. Trabalhou na Army Language School na vizinha cidade de Monterey e estudou técnicas do retrato com Warshowski. Em 1955 viajou para a Europa onde estudou, na Academie de La Grande Chaumiere, em Paris por alguns meses.