DECIDINDO
Acho que foi com Katharine Hepburn que se passou o seguinte:
Disse ela que leu o romance e escreveu uma carta, ainda não enviada, à autora lhe dizendo ter gostado muito do texto, que achava o enredo muito instigante, os diálogos bem armados e que pensaria, em dele, fazer um filme.
Mas, revelou Katharine, não se sentiu confortável com o que havia escrito e preparou outra carta em que dizia que havia gostado bastante do texto, que o enredo era bom mas necessitava de uns acertos, e os diálogos, apesar de bem feitos, tinham que ser apurados.
Sobre fazer dele um filme, explicou que se achava por demais ocupada no momento mas iria ver no futuro.
Disse então a seu companheiro que, indecisa , havia escrito uma terceira carta revelando que havia achado o texto imaturo, o enredo irreal, os diálogos totalmente forçados e que, com aquele tipo de material, ela jamais faria um filme.
- “E o que você fez afinal? O que decidiu?“ - Perguntou ele à Katharine que explicou:
- “Coloquei as três cartas em um envelope e mandei para a moça”.
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