Uma tarde, sem saber a razão, me lembrei dos contos de Monteiro Lobato que eu lia nos lá-se-vão-oitenta-anos de minha infância e, por querer nostalgicamente reler alguns, fui direto ao “Estante Virtual”, sebo de livros na Internet. Procurei pelos Contos de Andersen que achei e encomendei.
Dias depois o recebi pelo correio. Consertei alguns sinais da idade e do uso, reforcei a lombada com cola e uma tira de pano e o deixei na estante para reler noutro dia.
Pela data de sua publicação, 1958, vi que o livro que eu lia em menino, nos anos 30 do século passado, era de edição mais antiga mas, revendo os deliciosos desenhos que o ilustram, era igual.
E agora veja que coisa curiosa: sempre peço aos amigos que me mostrem desenhos de seus filhos pequenos que, segundo Picasso, são artistas verdadeiros. Fazem arte e não copiam. Peço que me desenhem um monstro.
Pois, para uma boa surpreza, não é que encontro um monstro no livro!
Aqui está:
Um monstro amedrontador mas com um coração de verdade. E tem mais, nele está inscrito o nome do menino autor: Claudio Fromer.
Não sei de que lugar do Brasil vem esse livro usado. Por isso não tenho a menor ideia de onde anda ou andou o grande artista.
E assim fico impossibilitado de agradecer pelo desenho que acompanhou os contos de que tanto gostei.
E ainda gosto!
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XXXXXXX 17 AGOSTO 2012 XXXXXX
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