22 de jul. de 2010
ANTIGAS BOLAS DE VIDRO
e duas fotos tiradas através de boias de vidro . . .
As grandes redes de pesca de antigamente, para se manterem
abertas enquanto as traineiras as rebocavam, usavam de um
peso de um lado e de boias de vidro do outro.
Eram realmente de vidro e do tamanho de pequeno melão. Foram
substituídas por peças de cortiça, mais em conta no preço
e mais resistentes aos impactos do lançamento da rede e
seu recolhimento posterior.
Essas lindas bolas sumiram. Alguns brechôs as venderam por
algum tempo e, como quase tudo, desapareceram.
Um dia um amigo, dono de imensa propriedade e de um
mui misterioso porão que, pelas dimensões e altura,
diziam ser um porão habitável, mostrou-me algumas
dessas bolas e perguntou: - Quer alguma?
Escuro, mal iluminado e sombrío, o porão sugeria mistério,
e era habitado por pequenos roedores, por alguns pássaros
que gostavam do silêncio e da penumbra.
A primeira vez que alí entrei pensei nos dragôes das
estórias que ouvi menino e em que acreditei existir.
Talvez! Quem sabe? Depois do que nos ensinaram nos catecismos,
nas crenças populares e seus perigos (Beber água no sol faz
ficar com a boca torta!) sobre céus e infernos... porque não?
Talvez alguma daquelas bolas de vidro fosse de sonoro cristal
e tivesse poderes mágicos...
Bom, guardei algumas e duas estão penduradas em meu atelier.
Hoje, com uma delas, tirei algumas fotos para ver se
coisas mágicas poderiam aparecer.
Aí está o resultado. Tudo distorcido e confuso?
Talvez seja como os dragões vêem as coisas.
Talvez...
XXXXXXXXXXX
Rio 22 julho 2010
As grandes redes de pesca de antigamente, para se manterem
abertas enquanto as traineiras as rebocavam, usavam de um
peso de um lado e de boias de vidro do outro.
Eram realmente de vidro e do tamanho de pequeno melão. Foram
substituídas por peças de cortiça, mais em conta no preço
e mais resistentes aos impactos do lançamento da rede e
seu recolhimento posterior.
Essas lindas bolas sumiram. Alguns brechôs as venderam por
algum tempo e, como quase tudo, desapareceram.
Um dia um amigo, dono de imensa propriedade e de um
mui misterioso porão que, pelas dimensões e altura,
diziam ser um porão habitável, mostrou-me algumas
dessas bolas e perguntou: - Quer alguma?
Escuro, mal iluminado e sombrío, o porão sugeria mistério,
e era habitado por pequenos roedores, por alguns pássaros
que gostavam do silêncio e da penumbra.
A primeira vez que alí entrei pensei nos dragôes das
estórias que ouvi menino e em que acreditei existir.
Talvez! Quem sabe? Depois do que nos ensinaram nos catecismos,
nas crenças populares e seus perigos (Beber água no sol faz
ficar com a boca torta!) sobre céus e infernos... porque não?
Talvez alguma daquelas bolas de vidro fosse de sonoro cristal
e tivesse poderes mágicos...
Bom, guardei algumas e duas estão penduradas em meu atelier.
Hoje, com uma delas, tirei algumas fotos para ver se
coisas mágicas poderiam aparecer.
Aí está o resultado. Tudo distorcido e confuso?
Talvez seja como os dragões vêem as coisas.
Talvez...
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Rio 22 julho 2010
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Quem sou eu
- carlos
- SILVA COSTA - Pintor, nascido em São Paulo, Brasil, em 1927. Morou e estudou no Rio de Janeiro até 1949 quando viajou para os EEUU. Estudou desenho e pintura no Institute of Mechanics and Tradesmen em Nova Iorque, mudando-se em 1950 para a California, Carmel-by-The-Sea onde trabalhou e estudou desenho e pintura. Trabalhou na Army Language School na vizinha cidade de Monterey e estudou técnicas do retrato com Warshowski. Em 1955 viajou para a Europa onde estudou, na Academie de La Grande Chaumiere, em Paris por alguns meses.
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