Enquanto dura o banho-de-sol, a gente pensa:
Idade - Saúde - Coisas da vida - Saudades de casa -
etc etc.
No quesito idade não há muito a dizer que não tenha
sido dito e filosofado.
A "noite" é pauleira. Esbanjou em farras, bebidas, fumo,
noites mal dormidas, com certeza vai pagar e estragar
a terceira-idade cujo início vem mais cedo para quem esbanjou.
Pode culpar o coração manhoso e baixa-estima, não adianta,
ela chega quando a gente pensa que se está só começando.
Não adianta culpar a fortuna súbita, a nova paixão
correspondida, o veleiro recém importado, o carro novo
cheirando à sucesso...
Antigamente se dizia - Negro quando pinta, três vezes trinta!
Experimenta saracotear sem parar e vai ver se não pinta antes.
No item "Saudades de casa" só sentimos quando estamos
fora da festa. Ninguém a sente no meio um lesco-lesco.
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O rabisco acima é somente um rabisco e estaria no lixo se
não fosse pela parte onde aparece uma vista de rua.
Nada de mais se não fosse pela casa de quatro portas.
Nela nasceu, no valoroso Estado da Paraíba, o nosso
poeta maior, Celso Japiassu, hoje nosso embaixador em
Nasdróvia, Iugoslávia, cidade dos bons conhaques e leitões
mui lentamente assados na brasa.
E as pessoas ficam admiradas por ele não
querer outro posto.
Grande poeta!
Um comentário:
Sem nunca ter ido à Paraiba, sequer visto um retrato na parede, o mestre intuiu ou psicografou a imagem perfeita do velho prédio que não existe mais. Às vezes penso se ele chegou mesmo a existir um dia.
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