23 de nov. de 2011

MBIRA

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MBIRA2
Trata-se de um instrumento africano de percurssão. Tem uma caixa de som e várias peças de ferro que, apertadas pelos dedos, produzem sons de notas musicais.
Alguns Mbiras são simples mas há outros muitíssimo sofisticados com dezenas de palhetas. Vi um em casa de amigo, músico famoso e, muito sem jeito, experimentei para ouvir como soava. Isso em 1954.
Passa o tempo e vou para a Europa de navio. Na costa da Africa, em São Vicente, procurei uma loja de instrumentos para ver se comprava um mas a bebida e uma festa no caminho (o navio era pobre, nada de luxo mas a turma que viajava era dona do mundo e, caia um lenço no chão e logo aparecia uma festa) me prenderam até a hora de zarpar-mos.
Adeus São Vicente e adeus à compra do Mbira.
Ficou o desapontamento até o dia em que peguei uma metade de coité. Sei que você sabe o que é coité mas, para quem não sabe, vai aqui roubado da NET:
-“Você conhece o Coité?
Da em uma árvore chamada de coitezeiro, que dá frutos imensos e totalmente redondos. Corta-se o fruto, deixa secá-lo e faz um corte no centro dele. Faz uma limpeza interna e externa do fruto e temos uma cabaça de coité partida ao meio. Pode ser utilizada com vasos, fruteira (peça decorativa para cozinha)!”

Pois é isso. Peguei uma metade de coite e, com laminas estreitas de ferro. paciência e cola, fiz esse arremedo de MBIRA.
Vou tentar apresentar um som mp3 que gravei como pobre MBIRA feito em casa.
https://docs.google.com/open?id=0BwmZzLyISuelODA5OTlhMDAtYTI5MS00M2JlLThiZWEtMzU4NzY3MmRkZmVk
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Isso dito, me diga agora para que serve um Mbira feita em casa?


XXXXX  23 NOVEMB 2011  XXXXXXX

2 comentários:

Helô Lima disse...

Gostei imensamente da sua arte.
Bjs.

carlos disse...

E eu gostei de você ter gostado. Seu "gostei" é um tremendo elogio pois vem de uma pessoa talentosa e que sabe das coisas.

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SILVA COSTA - Pintor, nascido em São Paulo, Brasil, em 1927. Morou e estudou no Rio de Janeiro até 1949 quando viajou para os EEUU. Estudou desenho e pintura no Institute of Mechanics and Tradesmen em Nova Iorque, mudando-se em 1950 para a California, Carmel-by-The-Sea onde trabalhou e estudou desenho e pintura. Trabalhou na Army Language School na vizinha cidade de Monterey e estudou técnicas do retrato com Warshowski. Em 1955 viajou para a Europa onde estudou, na Academie de La Grande Chaumiere, em Paris por alguns meses.