Acho que, por pressa, deixei de ver muitas coisas e, pensando bem, eu talvez não tenha querido ver.. (dois suspiros). .
Isso me faz pensar numa passagem de um pequeno texto
sobre moça, cega de nascença, que por conta de um transplante, passou a enxergar.
Naturalmente que o fato de ver, para quem jamais o tinha feito, é por si só um acontecimento da maior importância.. Todo um mundo de comparações entre aquilo que se imaginava e que, agora, se podia ver. Formas, cores e movimentos, sem dúvida, um acontecimento incomparável.
0 "it" da coisa toda, porém é que ela se apaixona perdidamente por um jovem e, ao acariciar sua mão, ela fecha as olhos para sentir melhor o toque, a maciez, e o calor da pele em que tocava.
De olhos fechados se vê melhor? Não é verdade que muita vez cerramos nossos olhos para melhor sentir?
Acho que podemos lembrar das ocasiões em que fizemos isso. Há gente que cerra os olhos para saborear um vinho, sentir um perfume, descobrir o que contêm um embrulho de presente.
Fico imaginando se isso não é uma inconsciente recordação de um período ainda uterino, tépido, aconchegante, no silêncio "submarino" do ventre materno.
Uma lembrança talvez ainda mais antiga, milhões e bilhoes de anos, quando saímos do mar ...com os olhos ofuscados por uma nova luz.
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E ilustrando com desenhos que nada têm a ver com o texto. Independência ou exagero?
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