Zerildo, agonizante, tinha a mulher, Ronalda, ao seu
lado numa caridosa vigília, à meia-luz.
Ela segurava sua mão, já frágil e trêmula, enquanto
lágrimas rolavam de sua face.
- " Minha querida Ronalda", ele sussurrou.
- "Sossegue, meu querido, não fale, não se canse,"
ela pediu e prosseguiu numa prece quase silenciosa.
Insistente como sempre foi, ele balbuciou: -" Tenho
que confessar uma coisa para você"
E ela, - " Não há nada para confessar", e com a voz
embargada, " está tudo bem. Descanse".
- "Não, não. Quero morrer em paz com a minha
consciência, Ronalda", e continuou, " Comi sua
irmã, a Zu, sua melhor amiga e minha sogra, sua
mãe ".
E ela, chorosa - " Eu sei tudo isso", meu querido,
e por isso o veneno no teu café hoje de manhã ".
XXXXXXXX 2 agosto 2011 XXXXXX
xxx
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